terça-feira, 21 de outubro de 2008

Usina de Quixadá recebe 4, 8 mil t de mamona

A Petrobras Biocombustível iniciou ontem a compra do primeiro carregamento de mamona para abastecer a usina de Quixadá, inaugurada em agosto deste ano. A empresa vai adquirir aproximadamente 4.800 toneladas de grãos de mamona de oito mil agricultores familiares residentes em 161 municípios do Estado. O processo de compra se estenderá até o próximo dia 2 de dezembro.

A gerência de Imprensa da Petrobras afirma que a usina de Quixadá, que tem capacidade para produzir 57 milhões de litros de biodiesel por ano, vai entregar quatro milhões de litros do combustível até o fim de 2008. "Desta forma, a quantidade de mamona a ser adquirida na safra 2008 será suficiente para que a empresa cumpra o percentual exigido pela legislação do Selo Combustível Social", diz a nota divulgada pela empresa.

O coordenador do Programa Biodiesel do Ceará, da Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), Walmir Severo, afirma que a produção de mamona no Ceará este ano vai chegar a 10 mil toneladas, quantidade insuficiente para atender à demanda de 114 mil toneladas da usina de Quixadá, da Petrobras, e de 220 mil toneladas da usina Crateús, da Brasil Ecodiesel. "Cerca de sete mil vão para a Petrobras e três mil, para a Brasil Ecodiesel. É muito pouco porque, só para atender a demanda da usina de Quixadá com produção oriunda da agricultura familiar, é preciso produzir 57 mil toneladas de mamona", detalha.

Desde 2006, a quantidade de hectares com plantações de oleaginosas no Ceará vem crescendo, como afirma Severo. "Em 2006, era de 6,3 mil hectares. Em 2007, o Governo deu garantia de preço mínimo e de compra, então passou para 9,5 mil hectares. Este ano, a área plantada chegou a 24 mil hectares e, em 2009, vamos para 66,7 mil hectares. O nosso compromisso com as empresas era de, até 2012, atender metade da demanda das usinas com a agricultura familiar, mas nesse ritmo devemos antecipar para 2011", prevê.

Preço
O preço e a diversidade de oleaginosas também deverão ser ampliados no próximo ano, segundo o coordenador do Programa Biodiesel do Ceará. "O Estado garante o preço mínimo de R$ 0,70 o quilo, mas a Brasil Ecodiesel está comprando a R$ 0,75 e a Petrobras, a R$ 1,02. Para a safra do ano que vem, o Estado vai garantir o preço mínimo de R$ 1,00 por quilo", conta Walmir Severo. Além da mamona, girassol (1.860 hectares), algodão (2.000 hectares), amendoim (300 hectares) e gergelim (250 hectares) serão cultivados no Ceará a partir de 2009. OPOVO online

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