quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Secretaria Municipal de Saúde realiza controle da muriçoca em áreas críticas

É no período de maior estiagem, após as chuvas, que os insetos do gênero Culex – conhecidos popularmente como pernilongos ou muriçocas – se proliferam. Crianças e idosos são os mais atingidos, apresentando problemas dermatológicos por conta das picadas. Já os adultos sofrem com as noites mal dormidas. Com o objetivo de minimizar o problema, a Secretaria Municipal de Saúde lançou, em 2006, um projeto piloto de combate à muriçoca, direcionado às áreas de maior concentração do inseto.

O trabalho é desenvolvido pelo Núcleo de Controle de Endemias, através da unidade de Controle Químico de Vetores – UBV Costal Fortaleza. “Fortaleza não tem um programa específico para o combate à muriçoca porque a espécie encontrada aqui não transmite doenças, ao contrário de Recife e Belém, por exemplo, onde o inseto transmite filariose”, explica Carlos Cleiton, chefe de Operações do UBV Costal Fortaleza. A filariose, vulgarmente denominada elefantíase, causa a obstrução dos gânglios linfáticos, dando origem a edemas que podem provocar o aumento exagerado dos membros inferiores ou superiores.

O projeto piloto prioriza as comunidades que moram próximo a canais, lagoas e córregos em geral. A princípio foram 14 áreas trabalhadas, número que foi ampliado para 22. “Primeiro nós medimos o local, avaliamos se é propício à desova da muriçoca, solicitamos a limpeza pela Emlurb e definimos a ação a ser desenvolvida”, explica Carlos Cleiton. Áreas com infestação grave requerem o uso de inseticida para o combate ao mosquito adulto (população alada). Já o controle das larvas é feito com larvicida biológico, que não causa nenhum dano ao ser humano ou ao meio ambiente.

O trabalho é iniciado geralmente na segunda quinzena de agosto até a última semana de novembro. A cada ciclo, de três dias, as equipes se revezam no período da madrugada, entre as 2h e 6h da manhã, estendendo-se algumas vezes até às 8h. A captura de larvas para exame laboratorial também é realizada, para efeito de contagem do grau de infestação do local.

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